19 Jul 2019 | Rafael Cimatti

Anúncios na internet

Grande parte dos sites hoje em dia possuem anúncios em suas páginas como forma de monetização: Eles utilizam terceiros (Doubleclick, Google, OpenX, etc) para prover os anúncios e são remunerados quando os usuário visualizam ou clicam neles. Isso já acontece há muito tempo na internet e não é algo malicioso por natureza. Porém, para melhorar a taxa de cliques nos anúncios e torná-los mais eficientes, os anunciantes desejam saber quem está do outro lado do site (o usuário) para mostrar anúncios mais relevantes e personalizados. É o que acontece quando você está pensando em comprar alguma coisa e faz uma busca no Google, por exemplo, e depois de um tempo o produto que estava procurando começa a aparecer no Facebook, Instagram, etc. Vale lembrar que a indústria de anúncios digitais movimenta muito dinheiro.

Os rastreadores

Para identificar que você, usuário, está visitando um site hoje, e associar com uma busca ou acesso feito ontem, por exemplo, os anunciantes utilizam os rastreadores. Eles têm como objetivo monitorar e coletar informações dos usuários (incluindo o histórico de navegação) para entender melhor como os usuários utilizam o site, o que eles buscam e quais seus interesses. Ainda que existam situações onde esse tipo de identificação pode ser boa (identificar um usuário num e-commerce, por exemplo) por se tratar de uma coleta (e compartilhamento) de informações sem o consentimento do usuário, há um certo problema de privacidade com essa prática. Não é à toa que a Mozilla adotou recentemente uma proteção de rastreamento em seu navegador Firefox.

Como os rastreadores funcionam?

Existem algumas formas diferentes de rastrear os usuários na internet:

  1. Cookies: Pequenos arquivos armazenados no navegador que podem ser utilizados para que diferentes sites identifiquem o mesmo usuário, entre outras aplicações.
  2. Fingerprinting: Uma coletânea de informações sobre seu dispositivo como idioma, tamanho da tela, fontes utilizadas, navegador, versão do sistema operacional e histórico de navegação, entre outros, que servem para diferenciar os usuários. Esse método é muito eficiente e no ano passado a Apple lançou uma atualização do Safari para ajudar a combater isso.
  3. Web Beacons: Recebe também outros nomes como web bug, tracking bug e tracking pixel. Geralmente são imagens pequenas (1x1 pixel) utilizadas para confirmar que o conteúdo (site, email, notícia) foi acessado. Houve recentemente uma discussão sobre o uso desse tipo de rastreador para recibo de leitura de e-mails.

Apesar de existirem diferenças entre eles, o objetivo é sempre o mesmo: Obter informações do usuário.

Problemas com os rastreadores

Parte do problema dos rastreadores é que eles são invisíveis: Você acessa um site qualquer (uol.com.br, por exemplo) e o seu navegador, além de acessar o site da UOL, acaba também trocando informações com diversos terceiros sem que você saiba. Isso significa que existem empresas coletando dados sobre você, cruzando os dados com outras empresas e montando um banco de dados com seus gostos e peculiaridades, tudo isso sem o seu consentimento. Apesar de existirem leis como o GDPR na Europa e a LGPD no Brasil que em tese ajudariam nesse caso, na prática os anunciantes continuam monitorando os usuários. Nós acreditamos que isso é um problema grave de privacidade, mas infelizmente os gigantes como Facebook e Google se beneficiam 💸 com isso e dificilmente vão facilitar a nossa vida. Ainda assim, após os escândalos recentes de vazamento de dados (Cambridge Analytica, Experian, entre outros), acreditamos que a conscientização sobre a privacidade online aumentou e isso é bom.

Como se proteger?

Como citado acima, o Firefox 🦊 e a Apple 🍏 lançaram atualizações para seus navegadores com diferentes proteções contra o rastreamento dos anunciantes. O problema é que eles não pararam por aí: Além de sites, muitos apps também utilizam anúncios e rastreadores para ganhar dinheiro, o que na prática significa que não é apenas no navegador que o rastreamento acontece. A idéia do Firefox e do Safari é boa, mas não é completa.
Foi por isso que criamos o Spod VPN & Filtro Web que protege seu iPhone/iPad bloqueando os rastreadores na camada do sistema operacional, incluindo todos os navegadores e apps instalados. Além de te proteger, a aba de 'Alertas' dentro do app permite que você visualize todas as vezes que um rastreador foi bloqueado, além da possibilidade de configurar notificações PUSH sempre que um bloqueio ocorrer. Faça o teste por 30 dias gratuito e descubra os rastreadores 🕵️ que querem te seguir!

Conclusão

Pouco conhecidos por sua natureza invisível, os rastreadores estão espalhados em diversos sites de diferentes regiões e tipo de conteúdo. Outra maneira de visualizá-los, além do app da Spod, é um addon para o Firefox chamado de Lightbeam que faz uma representação gráfica deles. Experimente uma dessas soluções e veja quantos sites e apps que você possui fazem o uso de rastreadores. Com o bloqueio deles, além de mais privacidade, o tempo de carregamento também cai pois há menos chamadas para servidores externos!

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